terça-feira, 20 de maio de 2014

Gêneros Textuais

Veja abaixo três exemplos de gêneros textuais diferentes, mas que abordam a mesma temática: o amor.
Texto 1
gêneros textuais
Texto 2
a.mor: sm 1. Afeição acentuada de uma pessoa por outra; 2. Objeto de afeição; 3. [...] pessoa amada; 4. Zelo, cuidado.
(Soares Amora. Minidicionário. 18ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p.38)
Texto 3
gêneros textuais 2
Você pode perceber que os três textos tem uma estrutura e uma intenção diferentes entre si, embora tratem do mesmo assunto. Dessa forma também os três textos são veiculados de maneiras diferentes. Veja aqui a explicação:
O texto 1 pertence ao gênero anúncio publicitário; utiliza-se, portanto, da linguagem apelativa, e você poderá encontrá-lo em uma revista, por exemplo.
O texto 2 pertence ao gênero verbete, utiliza-se da linguagem metalinguística, e você o encontra sobretudo nos dicionários.
O texto 3 é uma charge que está se utilizando da linguagem poética, e você vai encontrá-lo nos jornais e revistas.
Você pode se aprofundar no conteúdo de Gêneros Textuais assistindo ao vídeo “É hora de revisar – gêneros textuais”:

As diferenças observadas entre os gêneros textuais dizem respeito à situação de produção e à intencionalidade comunicativa. Numa situação de interação verbal, a escolha pelo gênero textual é feita de acordo com os diferentes elementos que participam do contexto, como: quem está produzindo, para quem, com que finalidade, em qual momento histórico, etc.
Os gêneros textuais geralmente são ligados às esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por exemplo, temos: a notícia, a entrevista, a charge, o editorial, etc. Já na esfera científica, temos: o seminário, a conferência, o artigo, etc.
Você pode ver, no quadro abaixo, a divisão dos gêneros textuais que circulam na sociedade em cinco grandes grupos:
Texto e sua função
Gêneros orais e escritos
1
NarrarConto maravilhoso; fábula; lenda; narrativa de aventura; narrativa mítica; biografia; romance; novela; conto; crônica; adivinhação; piada, etc.
2
Relatar                              Relato de experiência; relato de viagem; diário; testemunho, autobiografia; curriculum vitae; notícia; reportagem; etc.
3
ArgumentarTextos de opinião; carta de leitor; debate, discurso de defesa (advogado, p. ex.); editorial; ensaio; etc.
4
ExporTexto expositivo (livro didático), exposição oral (uma aula); seminário; palestra; entrevista de especialista; verbete; resumos; resenha; relatório; etc.
5
InstruirManual de instrução; receita; regulamento; regras de jogo; etc.

Agora é sua vez...

A partir da leitura acima compartilhe com seus colegas um gênero textual que você mais se identifica.

Escolha umas das opções abaixo:
1. Piada
2. Notícia
3. Verbete
4. Receita
5. Charge


terça-feira, 3 de julho de 2012


Chá, chá lá lá lá lá lá
Chá lá lá lá lá lá lá lá
Chá lá lá lá lá lá lá
Apartheid disfarçado todo dia
Quando me olho
não me vejo na TV
Quando me vejo estou sempre na cozinha
Ou na favela submissa ao poder
Já fui mucama mas agora sou "neguinha"
"Minha pretinha, nós gostamos de você"
Levante a saia, saia correndo pro quarto
Na madrugada patrãozinho quer te ver oioi
Chá lá lá lá lá lá
Chá lá lá lá lá lá lá lá
Chá lá lá lá lá lá lá
Será que um dia eu serei a patroa
Sonho que um dia isso possa acontecer
Ficar na sala não ir mais para a cozinha
Agora digo o que vejo na TV
Um som negro
Um Deus negro
Um Adão negro
Um negro no poder
Um som negro
Um deus negro
Um Adão negro
Um negro no poder
Likareggae

TRABALHANDO O TEMA:

Caros alunos após ouvirem a música e analisarem a letra respondam:


a)      Existe a menção de algum fato histórico na música? Cite-o? O que ele significou?


b)      Que relações de poder ficam claras na música?


c)      Em sua opinião, por que a música chama-se  Adão Negro?


d)     Que mensagem ou mensagens este grupo quis transmitir?   


Aguardo ansiosa a contribuição de todos. Grande abraço.

sábado, 30 de junho de 2012


Em época de Rio +20 e de aprovação do Código Florestal, o quadrinho acima é bem pertinente. Podendo ser utilizado para fomentar discussões em sala de aulas sobre diversas temáticas, tais como: meio ambiente, desenvolvimento sustentável, preservação, etc. Analisando quais foram os resultados (retrocessos e avanços) da Rio +20 e quais os perigos do "novo" Código Florestal para o futuro do Brasil.

Podemos começar as discussões aqui mesmo, não precisamos esperar a sala de aula, afinal a proposta desse espaço é a construção coletiva do conhecimento. Mãos à obra caríssimos!



sexta-feira, 29 de junho de 2012


O que nós podemos fazer para mudar o mundo?



A Declaração do Milênio das Nações Unidas é um documento histórico para o novo século. Aprovada na Cimeira do Milênio – realizada de 6 a 8 de Setembro de 2000, em Nova Iorque –, reflete as preocupações de 147 Chefes de Estado e de Governo e de 191 países, que participaram na maior reunião de sempre de dirigentes mundiais.

Esta Declaração foi elaborada ao longo de meses de conversações, em que foram tomadas em consideração as reuniões regionais e o Fórum do Milênio, que permitiram que as vozes das pessoas fossem ouvidas.

Os líderes definiram alvos concretos, como reduzir para metade a percentagem de pessoas que vivem na pobreza extrema, fornecer água potável e educação a todos, inverter a tendência de propagação do VIH/SIDA e alcançar outros objetivos no domínio do desenvolvimento. Pediram o reforço das operações de paz das Nações Unidas, para que as comunidades vulneráveis possam contar conosco nas horas difíceis. E pediram-nos também que combatêssemos a injustiça e a desigualdade, o terror e o crime, e que protegêssemos o nosso patrimônio comum, a Terra, em benefício das gerações futuras.

Kofi A. Annan
Secretário-Geral das Nações Unidas

Transcorridos doze longos anos o que de concreto foi realizado pelos Chefes de Governo e de Estado para a efetivação das Metas do Milênio? A pobreza extrema, o fornecimento de água potável, a educação e a AIDS foram de fato priorizados?

E nós o que fizemos? E o que podemos fazer para mudar o mundo?


quinta-feira, 28 de junho de 2012


O QUE A LEITURA PODE FAZER POR NÓS



Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora.

O historiador esteve no Brasil para participar do 2º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade. “O analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital”, disse.


Muito legal as colocações do nosso ilustre colega, não acham? Precisamos cultivar e disseminar o hábito da leitura. Seja ela de livros impressos ou por meios digitais. Proponho que façamos a impressão do cartaz acima e espalhemos em nossas escolas, para que nosso alunos e colegas que ainda não compreendem a força da leitura comecem a reservar seus 15  minutos de leitura diária imediatamente.

Que tal a proposta? Aguardo sugestões e comentários. Gostaria também que todos indicassem um título que já leu se possível fazendo uma breve apresentação da obra. Vamos lá! Espero a contribuição de todos.

Grande abraço.

quarta-feira, 27 de junho de 2012


                 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA


Conceito

História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização.

Objetivos 

Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.

Fontes 

O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

Ciências auxiliares da História 

A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.

Periodização da História

Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
- Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
- Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

Outras informações:

- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.
- A historiografia é o estudo do registro da História.
- O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.

Nove temas da atualidade que podem cair no Enem e nos vestibulares de 2012/2013


1. Energia: acidente nuclear no Japão

Ativistas contrários ao programa nuclear levantam cartazes e velas para formar uma corrente humana em torno do Parlamento japonês, em Tóquio (Foto: AFP Photo/Jiji press)
Energia é assunto cuja presença é garantida nas provas. Os professores aconselham um estudo aprofundado sobre vantagens e desvantagens das diferentes matrizes energéticas do Brasil e dos principais atores globais. O acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa nordeste do país, reacendeu a discussão sobre o assunto. Na Europa, a Alemanha fechou metade de suas usinas e pretende aposentar mais nove reatores até 2022. No Brasil, o Plano Nacional de Energia prevê a construção de quatro novas usinas até 2030, além de Angra 1 e 2, que já operam, e Angra 3, que deve ser inaugurada em 2015. Também no capítulo energia, vale lembrar as controversias causadas pela construção da usina de Belo Monte, no Pará. Planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte vem provocando reações de grupos de preservação, que questionam os impactos ambiental e humano.

2. Meio ambiente: Código Florestal, derramamento de petróleo e Rio+20

O desmatamento na região amazônica e a escassez de chuvas poderão transformar parte da floresta em savana (Foto: iStockphoto)
É bom preparar-se para questões sobre meio ambiente. O tema é recorrente no Enem e nos vestibulares. No Brasil, ainda tramita no Congresso Nacional o novo Código Florestal, que divide ambientalistas e ruralistas. Para os professores, é uma oportunidade para questionamentos sobre sustentabilidade, utilização de recursos naturais e até mesmo agronegócio. Dois derramamentos de petróleo no litoral brasileiro – o primeiro ocorrido em novembro de 2011 e o segundo anunciado em março de 2012 – também apontam para a discussão de questões ambientais. É importante não perder de vista o Rio+20, conferência que acontece em junho na capital fluminense vinte anos após a Eco92, histórica reunião que colocou o ativismo ambiental definitivamente no debate mundial.

3. Meio ambiente: catástrofes naturais

Deslizamento de terra nos morros de Teresópolis (RJ) após fortes chuvas em 2011 - 12/01/2011 (Foto: Antonio Lacerda/EFE)
Do terremoto no Japão às enchentes que assolam cidades em diversas regiões do Brasilperiodicamente, os desastres naturais devem ser olhados com atenção. Segundo os professores, é preciso diferenciar os acidentes causados pela ação humana – como o episódio da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro – daqueles operados pela força da natureza, como o terremoto que devastou parte do Japão. Em relação o primeiro exemplo, conceitos como urbanização, ocupação territorial desordenada e déficit habitacional devem ser estudados pelos candidatos. No segundo, movimentos de placas tectônicas e formação de tempestades tropicais precisam estar na ponta da língua.

4. Tecnologia: internet

Governo sírio pretende bloquear sites de redes sociais com receio dos reflexos da onda de protestos no mundo árabe (Foto: Muzaffar Salman/AP)
Em 2011, "Viver em rede no século XXI" foi o tema da redação do Enem. A internet, ao que tudo indica, é um assunto que veio para ficar na avaliação federal e é possível que se estenda a outros exames de seleção. A utilização da ferramenta como catalisador de mobilizações sociais, como a Primavera Árabe, pode motivar questões objetivas. Para os professores, no caso do Enem, é importante ter uma visão crítica sobre tecnologia, já que o exame costuma cobrar um posicionamento claro dos candidatos. 

5. Geopolítica: papel do Brasil no cenário internacional

Dilma Rousseff durante fotografia oficial na Cúpula de Líderes do G20 - 4/11/2011 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)


A importância do Brasil enquanto ator global tem crescido nos últimos anos e os desafios que o país enfrenta enquanto potência emergente podem motivar questões nas provas. Desde o governo do ex-presidente Lula, o Brasil busca uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e os professores sugerem que os candidatos se debrucem sobre o funcionamento dessa importante organização internacional. Em 2012, a economia brasileira se consolidou como sexta maior do mundo e, por isso, é bom estar atento às principais atividades econômicas do país também. A tentativa frustrada de mediação de conflitos internacionais por parte do governo brasileiro também deve ser alvo de atenção. 

6. Crise econômica mundial

Placa no escritório da Comissão Européia, em Dublin, com os dizeres: 'Desculpe, estamos fechados' (Foto: Cathal McNaughton/Reuters)
A indisciplina fiscal e o descontrole das contas públicas em países da zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma crise financeira sem precedentes. Os gregos amargam altos índices de desemprego – mais da metade dos jovens não encontra trabalho. Em seguida, a Itália anunciou oficialmente a recessão de sua economia. Enquanto isso, a dívida pública bate recorde na Espanha. De acordo com os professores, é importante entender os caminhos que levaram o Velho Continente à crise e as consequências do cenário devastador, inclusive para o Brasil. Questões sobre blocos econômicos e a formação e solidificação da União Europeia também podem aparecer em exames deste ano.

7. Geopolítica: 30 anos da Guerra das Malvinas

Placa na Argentina diz 'As Malvinas são argentinas' (Foto: Marcos Brindicci / Reuters)
As Ilhas Malvinas – Falkland para os britânicos – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883. Isso já trouxe tensão entre os dois países, que entraram em guerra em 1982. Derrotada em dois meses de conflito, a Argentina se rendeu e os britânicos seguiram como donos do território, onde hoje vivem hoje cerca de 3.000 pessoas. Recentemente, a presidente argentina, Cristina Kirchner, decidiu reclamar novamente a soberania sobre a ilha, o que reacendeu a tensão internacional. O assunto pode suscitar questões sobre a ditadura argentina ou as antigas colônias britânicas, como a Índia. O governo da premiê Margareth Tatcher, que liderou a vitória da Grã-Bretanha na guerra, também pode aparecer no Enem.

8. Geopolítica: Primavera Árabe

Em manifestação em Sanaa, mulher exibe mãos pintadas com cores das bandeiras da Líbia e do Iêmen (Foto: Mohammed Huwais/AFP)
onda de protestos que varreu do poder o tunisiano Zine El Abidine Ben Ali e o egípcio Hosni Mubarak alcançou o norte da África e diversos países do Oriente Médio. A agitação em nações como Síria e Líbia pode motivar questões conceituais sobre a região e seus conflitos, assim como a utilização da internet como ferramenta de organização social. Perguntas envolvendo a Guerra Fria e disputas pelo domínio do petróleo também podem aparecer. Para os professores, um aspecto importante das revoltas no mundo islâmico é a participação das mulheres, que lutam para ganhar espaço na região.

9. Cidadania: eleições municipais


A urna eletrônica utilizada durante as eleições brasileiras (Foto: Nelson Junior)
Em outubro, os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores. De acordo com os professores, questões sobre o processo eleitoral brasileiro e comparações entre diferentes momentos da história do Brasil podem aparecer nas provas. É importante ter em mente a divisão política e administrativa do país e as atribuições de casa um dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/nove-temas-da-atualidade-que-podem-cair-no-enem-e-nos-vestibulares-de-2012

Diletos colegas e alunos, se tiverem interesse em se aprofundar nas temáticas elencadas acima poderemos nesse espaço compartilhar textos e questões. Para uns será um momento de ampliação dos conhecimentos, para outros a oportunidade de se preparar para eventuais exames. Aguardo colaborações.

Grande abraço.


Ainda sobre o Cinema...




Segue alguns links interessantes sobre o tema:

http://www.filmeshistoricos.com/

http://www.filmesepicos.com/

http://www.historiadigital.org/

http://www.educacaoefilmes.org/

http://cineaprendizagem.blogspot.com.br/

http://www.historiadigital.org/curiosidades/top-10-filmes-historicos-epicos-que-voce-nao-pode-deixar-de-assistir/

http://www.historiadigital.org/curiosidades/15-filmes-com-erros-historicos-absurdos/





Cinema e História: uma prática possível.




A utilização do cinema no ensino da história corresponde a uma tendência bastante crescente ainda que frequentemente combatida nos meios historiográficos. O filme, enquanto testemunho de seu tempo e do tempo ao qual se reporta, pode ser visto como um documento de grande importância na análise histórica, tanto pelo seu valor enquanto registro de época(s), quanto pelo seu caráter pedagógico. 

Para Flávio Trovão, professor de História da Faculdades do Brasil (UniBrasil), em Curitiba, um filme não precisa ser passado na íntegra para a classe, apenas quando os alunos pedem. "Há o risco de o professor gastar mais de uma aula com a exibição e o aluno não entender aonde ele queria chegar", conta o professor. Trovão, que tem experiência no Ensino Fundamental, seleciona as cenas mais importantes para o conteúdo que está trabalhando e outras vezes parte do filme para iniciar uma discussão ou um tema novo. Antes da exibição, distribui um roteiro de perguntas que serve para orientar os alunos. Do que trata o filme? Onde se desenvolve a maior parte das cenas? Que cenas mostram conflitos? Qual a mensagem? 

Veja algumas dicas de Trovão para preparar a aula: 
● Assista ao filme mais de uma vez e veja se é preciso passá-lo na íntegra ou apenas partes selecionadas. 
● Observe se existem cenas desapropriadas para a faixa etária dos alunos. 
● Deixe claro para a turma que o filme representa um episódio histórico, mas não é a realidade. 
● Prepare um roteiro de perguntas e alerte os alunos para perceberem os conflitos, o tema e personagens. 
● Deixe claro que o filme na escola é um recurso didático e uma forma de conhecimento, e não mero entretenimento ou uma maneira de "matar a aula". 

O cinema no ensino pode ser usado para: 
● Iniciar a discussão de um assunto ainda não abordado. Lance uma questão a ser investigada. 
● Desenvolver o conteúdo. O aluno deverá perceber o contexto histórico a que o filme se refere, o que ele está mostrando, que fenômenos e fatos são retratados. Nesse caso, o aluno já possui referências sobre o tema. 

Em ambas situações, explore a estrutura narrativa e como ela foi desenvolvida no filme.

OS 10 melhores filmes para explorar os conteúdos de História de 5ª a 8ª série 



1. 1492 — A CONQUISTA DO PARAÍSO, (1492 — Conquest of Paradise), Estados Unidos, 1992, 154 min., direção de Ridley Scott, Paramount Pictures. 
Conteúdos: grandes navegações; Inquisição; descobrimento da América. 

2. DESMUNDO, Brasil, 2003, 101 min., direção de Alain Fresnot, Columbia Filmes. 
Conteúdos: Brasil-Colônia; escravidão indígena, sociedade colonial. 

3. CARLOTA JOAQUINA — PRINCESA DO BRAZIL, Brasil, 1995, 100 min., direção de Carla Camuratti, Europa Vídeo. 
Conteúdos: a vinda da família real portuguesa para o Brasil; guerras napoleônicas; o período que antecede a independência. 

4. FORREST GUMP, EUA, 1994, 142 min., direção de Robert Zemeckis, Paramount Filmes. 
Conteúdos: história dos Estados Unidos dos anos 1960 e 1970; movimento hippie; guerra do Vietnã; caso Watergate; racismo; aids. 

5. GUERRA DO FOGO, (La Guerre du Feu), França, 1981, direção de Jean-Jacques Annaud, Fox Home Vídeo. 
Conteúdos: pré-história, descobrimento da tecnologia do fogo; origem da linguagem humana. 

6. O DESCOBRIMENTO DO BRASIL, Brasil, 1937, direção de Humberto Mauro, 90 min., D.F.B. (Distribuidora de Filmes Brasileiros). 
Conteúdos: descoberta do Brasil; o processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos 15 e 16. 

7. TEMPOS MODERNOS, (Modern Times), Estados Unidos, 1936, 87 min., direção de Charles Chaplin, United Artists. 
Conteúdos: fordismo; revolução industrial; movimento proletário; industrialização e urbanização. 

8. O NOME DA ROSA, (Der Name der Rose), Itália, França, Alemanha, 1986, 130 min., direção de Jean-Jacques Annaud, Flashstar Filmes. 
Conteúdos: Igreja medieval; Inquisição; indulgências; filosofia medieval agostiniana e tomista. 

9. ILHA DAS FLORES, Brasil, 1989, 13 min., direção de Jorge Furtado, documentário (o filme está disponível para download no site www.portacurtas.com.br). 
Conteúdos: globalização; capitalismo; injustiça social, consumismo. 

10. O VELHO — A HISTÓRIA DE LUIS CARLOS PRESTES, Brasil, 1997, 105 min., direção de Toni Venturi, documentário, Versátil Home Vídeo. 
Conteúdos: movimento comunista brasileiro; Coluna Prestes; trajetória dos partidos de esquerda.




Caros colegas e alunos, gostaria de ampliar esta lista de filmes com a colaboração de vocês. Postem mais sugestões de filmes. Se possível indiquem o título e os conteúdos que podem ser abordados. Não se limitem apenas a filmes com abordagem histórica, fiquem a vontade para indicarem obras que contemplem as diversas áreas do conhecimento.

Grande abraço.